Israel rejeita proposta de cessar-fogo com Hezbollah feita por EUA e França

Governo israelense reafirma que continuará ofensiva contra o grupo militante libanês até garantir a segurança de seus cidadãos

Por Redação com informações de G1 26/09/2024 - 10:32 hs
Foto: Amr Abdallah Dalsh/Reuters


Nesta quinta-feira (26), autoridades de Israel anunciaram que não aceitarão a proposta de cessar-fogo com o Hezbollah sugerida pelos Estados Unidos e França. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, declarou que o país continuará sua ofensiva contra o grupo extremista libanês até alcançar a vitória e permitir o retorno seguro dos moradores da região norte de Israel.

 

 

A proposta de trégua, que previa 21 dias de suspensão dos ataques para abrir espaço para negociações diplomáticas, foi apresentada na tentativa de conter a escalada do conflito. No entanto, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, indicou que não respondeu formalmente à sugestão das potências ocidentais, reforçando a postura firme do país em seguir com as operações militares.

 

Na madrugada desta quinta-feira, bombardeios israelenses atingiram 75 alvos do Hezbollah no Líbano e um prédio na cidade de Younine, matando ao menos 23 pessoas, a maioria mulheres e crianças, segundo autoridades locais. O exército israelense afirmou que os ataques atingiram depósitos de armas e mísseis, enquanto o Hezbollah alegou que um dos alvos foi uma instalação do Mossad, serviço secreto israelense.

 

Em resposta aos bombardeios, o primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, pediu um cessar-fogo imediato durante sua participação no Conselho de Segurança da ONU, acusando Israel de atingir civis e sobrecarregar os hospitais do país. Enquanto isso, o representante israelense nas Nações Unidas, Danny Danon, defendeu as ações de seu país, alegando que Israel está exercendo seu direito de autodefesa e acusando o Irã de fomentar a violência na região ao apoiar o Hezbollah.